Conta a lenda amazônica que a tribo das mulheres guerreiras tinha como espaço sagrado o Lago do Espelho da Lua. O ritual mais importante do grupo consistia em confeccionar um talismã que mais tarde seria entregue ao homem que lhes dessem filhas. Algumas versões dizem que a Muiraquitã era feita do barro que ficava no fundo do Yacyuaruá e que, ao receber os raios da lua cheia, ou ainda do Sol, se solidificava. Outras versões contam que o sangue das Icamiabas, ao ser pingado sobre um peixe ou alguma pequena rã da lagoa transformaria o animal em pedra.
Ao chegar da meia noite, as Amazonas caminhavam até o Lago, carregando vasilhas com feitiços perfumados que seriam usados para liberar o espírito das águas, a Mãe da Muiraquitã. O ritual, tinha inicio com cantos e danças seguidas de banhos purificadores. Na hora exata, as Amazonas mergulhavam e do fundo do lago traziam um barro esverdeado ao que seria dada a forma desejada. Depois de sólido, as Icamiabas cortavam uma parte do cabelo suficiente para fazer uma trança e nela penduravam a sua Muiraquitã.
Óbidos, Monte Alegre e Santarém são (cientificamente) os locais mais prováveis de origem do elemento muiraquitã presente em algumas lendas amazônicas que antigos romancistas e folcloristas, por conta própria, estenderam para outras localidades. A outra única possibilidade de origem seria da tese asiática, no entanto essa é defendida por uma minoria extremamente pequena de pesquisadores.
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